O termo patologia é muito usado na área da saúde e vem do grego “pathos” = doença e “logia” = estudo, ou seja o estudo de doenças. Entretanto, embora, pouco falado, também é aplicado no ramo da construção civil para, justamente, designar o tratamento de “doenças” na obra.
As patologias de obras são diversas e contam com muitas causas, que podem ser iniciadas desde ou até mesmo na execução diária do canteiro de obras. Para entender um pouco mais sobre o assunto, leia a matéria completa!
O que é a patologia na construção civil?
A patologia na construção, assim como toda doença, se apresenta por meio de um ou mais sintomas que precisam ser analisados a fundo para entender a raiz do problema e optar por alguma forma de tratamento adequado.
O grande problema no contexto de construção civil são as causas, que, quando aparecem, já chegam com um prejuízo enorme, capaz de afetar toda a estrutura da edificação como rachaduras e trincas, por exemplo.
Quais são as principais causas de patologias na construção civil?
Os problemas patológicos podem se originar em qualquer fase da obra (projeto, execução e manutenção) ou na combinação entre elas. Geralmente, ao longo da construção, sem o planejamento adequado e acompanhamento técnico o “dono da obra” acaba deixando de lado algumas inspeções, além de optar por materiais e soluções mais baratas para redução de custos (nem sempre o mais caro é o melhor, ok? O mais importante é a qualidade aliada ao custo-benefício),
Sem o planejamento adequado muitas decisões acabam sendo tomadas durante a obra ou são completamente ignoradas, prejudicando a qualidade da edificação.
Para tornar mais claro as causas de patologias, dividimos entre as três fases, confira:
Decisões que podem comprometer a obra – durante o projeto
- Não contratar profissionais adequados
- Não prever impermeabilização de lajes e paredes em áreas molhadas ou em contato com o solo
- Não prever juntas de dilatação
- Desrespeitar os requisitos de normas técnicas, leis e demais documentos essenciais
Decisões que podem comprometer a obra – durante a execução
- Não acompanhar as etapas da obra e/ou colocar alguém responsável
- Deduzir informações ausentes
- Descumprir especificações técnicas
- Armazenar os materiais em locais inadequados
Decisões que podem comprometer a obra – durante a manutenção
- Falta de manutenção e limpeza adequada na edificação
- Utilizar a edificação, ou ambientes, para funções que não foram previstas (principalmente quando há presença de umidade)
Quais são as patologias mais comuns?
Trincas e fissuras: problema muito comum que aparece nos tijolos, juntas alvenaria e também no reboco, por conta da retração do material. Geralmente é tratado como uma coisa só, porém a NBR 9575:2003 as diferencia e classifica da seguinte forma:
- As microfissuras têm abertura inferior a 0,05 mm.
- As fissuras têm aberturas com até 0,5 mm, estreitas e alongadas.
- As trincas são mais profundas e mais evidentes, maiores de 0,5 mm e menores de 1,0 mm.
Manchas: são diretamente ligadas à umidade e tem causas diversas, que podem ser advindas tanto da água da chuva quanto das falhas de impermeabilização ou até mesmo do vazamento das instalações hidráulicas.
Eflorescência: são manchas com aparência branca, que surgem nas superfícies de revestimento, como pisos, paredes e tetos, por conta evaporação de sais usados no preparo da argamassa combinados com a umidade do local. A patologia não traz danos, mas deixa o ambiente com aspecto feio e soltando um pó branco.
Infiltração: acontece, na maioria dos casos, por falhas na instalação hidráulica da obra e, como consequência, aparecem manchas úmidas nas fachadas, paredes, pisos e teto que podem danificar aparelhos eletrônicos, instalações elétricas e até mesmo afetar a saúde dos moradores.
Essas são apenas algumas das diversas patologias que podem aparecer em uma obra. Portanto, é essencial planejar sua construção com muita atenção, contando com profissionais capacitados e aplicando produtos com boa procedência.
Em caso de dúvida, nossa sugestão ao longo do planejamento é seguir a Lei de Sitter, também conhecida como a Lei dos 5, que propõe que o custo da manutenção em qualquer elemento pode ser 5x maior do que o ciclo de vida do elemento na fase inicial.
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