Os mínimos detalhes no início de uma obra fazem toda a diferença, afinal, são eles que garantem a segurança e a qualidade da estrutura. De forma mais clara, podemos dizer que a etapa de fundação é essencial para manter a construção intacta ao longo dos anos.
Então, depois de seguir todas as etapas da pré-obra já citadas em nossas matérias anteriores, é hora de colocar a mão na massa! Leia o conteúdo a seguir para descobrir o passo a passo.
Analise a melhor opção de fundação
As fundações são estruturas concebidas com o intuito de receber toda a carga da construção e distribuí-la de forma segura. Nesta etapa, o que garante a estabilidade são os elementos utilizados, como: vigas, pilares de sustentação, sapatas e estacas.
O tipo de fundação a ser utilizada depende diretamente do peso a ser sustentado e do tipo de solo onde ela será colocada, sendo subdivididas em 5 tipos:
Sapata corrida
É identificada como uma fundação superficial (rasa) e é popularmente utilizada em casas com pequenos vãos ou muros. A sapata é uma estrutura reta que é construída abaixo das paredes.
Sua funcionalidade é melhor quando aplicada em solos consistentes, assim, o peso da construção é levado para as colunas e, depois distribuído diretamente para o solo.
Radier
O radier também é considerado uma fundação rasa, mas é recomendado para solos com baixa resistência, como os de argila preta ou o silte.
Nesse caso, a placa de concreto armado fica embaixo da estrutura toda e em constante contato com o solo mantendo uma distribuição uniforme em todos os cantos.
Sapata isolada
Com bases geralmente retangulares ou quadradas, as sapatas são recomendadas para solos firmes e bem resistentes para a melhor eficiência. Além disso, elas têm como função receber o peso transmitido pelas colunas da estrutura e passar diretamente para o solo.
Viga baldrame
Como as sapatas isoladas, a viga baldrame também é recomendada para ser utilizada em estruturas com solos resistentes. Ela é instalada abaixo do solo e percorre todo o caminho das paredes da edificação fazendo a conexão de sapatas individuais para distribuir o peso igualmente.
Fundações profundas
Por último e não menos importante temos as fundações profundas, que são utilizadas quando o solo raso não está propício para a construção, sendo encontrado apenas a 3 metros ou mais de profundidade.
Quando isso acontece, utilizamos estacas – elemento que têm a função de transmitir as cargas da estrutura para o solo – que podem ser pré-moldadas, com uma ferramenta chamada trado.
Utilize corretamente as colunas, pilares e vigas
O aliado das fundações citadas anteriormente, são os pilares de sustentação, que como o próprio nome já diz tem a função de sustentar toda a estrutura. Geralmente são feitos de colunas e vigas.
Colunas
Elas são utilizadas na vertical e apresentam características mais robustas em relação a outras estruturas.
Pilares
Já os pilares, que também carregam o nome de colunas simples, têm a mesma função de sustentação na vertical. O que o diferencia da coluna, é que enquanto elas sustentam a parede e o teto, o pilar sustenta a estrutura inteira e tem grande importância.
Vigas
Diferente das anteriores, essas são utilizadas de forma horizontal em uma construção e fixam em cima das colunas. Sua principal função é transferir o peso todo da laje para elas, assim mantendo melhor a distribuição.
São classificadas como:
- Apoiadas (bi-apoiadas)
São aquelas que distribuem o peso em dois pontos de apoio, que são localizados um em cada extremidade.
- Contínuas
Essas possuem mais de dois pontos de apoio na estrutura, não apenas em cada extremidade mas distribuídos por ela.
- Vigas em balanço
E por fim, as vigas em balanço, que possuem apenas um ponto de fixação o para qual toda a carga fica concentrada. Isso acontece porque tem como característica apenas um apoio no pilar.
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