Seja no escritório, no canteiro de obras e até no espaço, hoje, vemos a presença das mulheres em praticamente todos os segmentos do mercado, mas a realidade é que nem sempre foi assim. Na engenharia, por exemplo, somente 200 anos depois do surgimento da profissão houve o registro de uma mulher que se formou na área.
Durante muito tempo, questões culturais afastaram as mulheres das áreas do conhecimento voltadas para ciências exatas. Entretanto, apesar das dificuldades diversas mulheres lutaram para conquistar o seu devido espaço e, ainda, criaram grandes feitos no ramo da engenharia. Continue lendo a matéria e conheça mais sobre essa trajetória!
Todas as áreas voltadas à matemática ou ligadas à trabalhos braçais, como a construção civil eram consideradas aptas apenas para o gênero masculino, devido às características físicas e mentais. Nesse época, a mulher estava adequada somente ao papel de cuidar da casa e dos filhos, mal sendo inserida no mercado de trabalho.
Somente a partir do século XX, em meio a Revolução Industrial, ocorreu a incorporação da mão de obra feminina em massa na indústria, mesmo que em condições precárias, desiguais e uma jornada longa. Ainda assim, foi um impulso para o início da atividade profissional feminina.
Atualmente, os desafios ainda persistem em meio a uma crescente de resultados positivos que indicam cada vez mais mulheres na área. No ano passado, só no Brasil elas já representavam 21,6% nos cursos de engenharia e profissões relacionadas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso demonstra que todos os obstáculos estão sendo ultrapassados e a mulher está alcançando lugar no mundo da engenharia, mostrando sua força, competência e habilidade para o cargo.
Como forma de reconhecimento, a Women’s Engineering Society (WEE) criou, no dia 23 de junho, o Dia Internacional das Mulheres Engenheiras com o objetivo de valorizar quem já atua ou atuou no ramo e incentivar as que ainda virão.
Aproveitando da data, listamos as grandes engenheiras da história e seus feitos para a nossa sociedade, conheça mais!
Emily Warren Roebling (1843-1903)
Mesmo sem possuir graduação, Emily assumiu a obra da Ponte do Brooklyn, situada em Nova York e um dos maiores símbolos do país. Apenas acompanhando o trabalho do marido, finalizou o projeto de obra sozinha devido a uma doença do companheiro e obteve sucesso, tornando-se uma figura pública representando a luta pelo direito das mulheres na Engenharia.
Enedina Alves (1913-1981)
Por ser uma mulher negra e pobre, teve que superar muitas dificuldades para alcançar seus objetivos. A brasileira tornou-se a primeira negra Engenheira a formar-se pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ao longo da sua carreira, contribuiu para a construção da Capivari-Cachoeira, a maior hidrelétrica subterrânea do sul do país. É um exemplo de determinação e força.
Ginni Romety (1957)
Ginni é formada em Ciências da Computação e Engenharia Elétrica e tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO da empresa IBM – maior empresa da Tecnologia da Informação do mundo – atuando como engenheira de sistemas, desde 2012.
Aprille Ericsson (1963)
Nascida em Brooklyn, Ericsson formou-se em Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial pela Universidade de Massachusetts Institute of Technology. Atualmente, trabalha como Engenheira da NASA em inúmeros progamas, além de ser a primeira mulher negro-africana a receber o PHD em Engenharia na NASA Goddard Space Flight Center (GSFC).
Katharine Johnson (1918 – 2020), Mary Jackson (1921 – 2005) e Dorothy Vaughan (1910 – 2008)
Katharine, Mary e Dorothy são três cientistas afro-americanas que trabalharam no Langley Research Center (“Centro de Pesquisas Langley”) da NASA, localizado na cidade de Hampton, no estado da Virgínia.
Juntas, elas lutaram contra o racismo e o machismo, garantindo que os astronautas Neil Armstrong, Alan Shepard e John Glenn pudessem realizar uma viagem espacial em total segurança, no auge da Guerra Fria
Anos depois, a história destas mulheres ganhou um filme, em 2016, destacando que em um período de forte segregação racial a equipe afro-americana foi crucial para a vitória dos dos Estados Unidos. O filme tem uma narrativa inspiradora e está disponível no Disney +.
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